quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Lost


Cada vez mais me capacito de que o tempo não anda nem corre... voa, como se estivesse a fugir ao fim do mundo. Cada vez que me olho ao espelho, vejo que a cada dia que passa, os sinais do tempo não perdoam, e reflectem-se no meu rosto... todos os dias há um novo risco, um novo sinal de cansaço, mais um milímetro de coração que bate descompensadamente, mais um recanto de alma que nunca mais será igual ao que já foi.

Apetece-me dormir, apetece-me adormecer em absoluto silêncio sem ter de explicar nada ao tempo, sem que sintam a minha falta, ou impulso de procurar. Apetece-me ser ignorado pelo mundo, que o mesmo me esqueça e se consiga ver através de mim.

Passo a vida numa luta constante, a correr de punho cerrado e uma sensação dorida com cheiro férreo a sangue, cada vez mais fraco e lento. Vale a pena os 200% a tempo inteiro? Fico na incerteza à medida que o meu coração dispara sem ritmo, mas o túnel parece nunca mais ter fim ou sequer rasto de luz do tamanho de um grão de areia.

Ao ficar imóvel perco, por outro lado qualquer impulso cinético fere ou descompensa... e com isto tudo o meu Norte foi-se... mas espero que volte.

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